Se há uma expressão “explosiva”, de difícil contorno e que prossegue se expandindo na atualidade é “Gestão da Informação”. Basta pensar nos dois vocábulos que a compõem, posteriormente tentando avaliar a composição de ambos e chegamos à esta situação de tema de implicações imensas para profissionais, cidadãos e organizações.
Mas, há formas de compreender a GI de maneira prática, aplicada, o que buscamos com esta nova tríade de artigos. Primeiramente, portanto, compreender que, com a Gestão de algo, buscamos controlar, medir, perceber, quantificar, avaliar, comunicar, dimensionar, relacionar e adequar o que gerimos, como principais tarefas. Assim sendo, temos, claro, a Gestão de Marketing, a Gestão Financeira, de Cadeias de suprimentos, entre muitas outras disciplinas.
Já a informação é compreendida como um contexto de significado relevante, obtido a partir da consolidação de dados homogêneos, porém ainda intermediária – uma importante intermediação – no sentido de produzir maior nível de percepção sobre fatos e fenômenos reais. Assim, se pensamos em um terminal de “checkout” de nosso pequeno comércio, podemos compreendê-lo como um frequente coletor de dados. Números, nomes, siglas… símbolos trafegam por este dispositivo e suas conexões, até que os consolidemos para algumas interpretações da realidade, gerando a informação. Podemos, por exemplo, perceber a compra conjunta de artigos (“quem levou o produto A, levou B também em 75% das vezes”), a reação dos consumidores a uma promoção ou desconto, os reais níveis de consumo, distribuição de frequência das compras, entre outras. Com esta análise, de dados consolidados, podemos, produzindo a informação, planejar um bom nível de ação, sabendo que descontos são importantes para alguns consumidores, não para todos, que alguns produtos “saem” mais se houver oferta de outros e assim por diante. A informação, como uma validação e composição dos dados, nos auxilia na gestão da empresa.
Podemos definir a gestão de informação como um conjunto coordenado, planejado, de tarefas para tratar da informação, desde a sua produção – que envolve a coleta de dados, a coleta de outras informações – até verificar sua aplicação, por exemplo, nos trabalhos de análise de cenários para planejamento estratégico.
Dentre os trabalhos, encontram-se:

  • Caracterizar a informação, definindo formatos, padrões, tamanho, etc. Exemplo: qual o tamanho de uma série de dados a ser considerada para gerar uma amostragem do consumo de combustíveis em um determinado posto? Numa região? Por bandeira?
  • Identificar fontes de coleta, especialmente de dados para formar a informação – aqui uma especial atenção às tecnologias emergentes, como Big Data, Analíticos, Internet das coisas, RFID, interações de realidade aumentada e virtual, todas com massiva geração de dados.
  • Relacionar informações com outras informações – permitindo desenvolver modelos de uso e técnicas para refinamento de seu uso.
  • Quantificar custos de armazenamento, transporte, processamento, comunicação, de pessoal habilitado e recursos tecnológicos para administrar o custo geral da GI.
  • Divulgar os conteúdos disponíveis a interessados, eventualmente “comercializando” a informação.
  • Definir trabalhos profissionais e perfis ligados à informação: Quem controla, quem comunica, quem “vende” e “compra”, os diversos perfis de usuários, entre outros.
  • Desenvolver projetos e métodos para aplicar tecnologias (as TICs – tecnologias de informação e comunicação) destinadas a automatizar e otimizar a GI.
    A gestão da informação é hoje fundamento, base para compor o que uma organização precisa para ser considerada bem administrada. Com o domínio das informações, processos de gestão maduros, o gestor empresarial ganha percepção de como usar este importante acervo – a informação – para construir, definir e desenvolver vantagens competitivas em sua ação empreendedora, adicionalmente às demais disciplinas da gestão – estratégia, marketing, finanças, logística, recursos humanos, entre outras.
    Portanto, podemos considerar um relacionamento potencial muito grande da gestão da informação para com a estratégia empresarial, pois tanto é verdade que os processos estratégicos serão mais efetivos quando forem desenvolvidos tendo informações qualificadas para base, quanto poderão ter suas produções corretamente direcionadas aos stakeholders estratégicos, com base no que instruirá a gestão da informação naquela empresa.
    Como seus benefícios, citamos este valioso relacionamento com a estratégia, que tende a aprimorar o processo de gestão estratégica empresarial, a aplicação coerente de tecnologia da informação e da comunicação na empresa e nos seus relacionamentos com a cadeia produtiva, o amadurecimento de todas as funções táticas – Finanças, Marketing, RH, etc. – pelo uso coerente de informações qualificadas, valorizar os acervos de informação de posse da empresa, entre outros.
    Na InfoAction temos a gestão da informação como nossa base de trabalho. Nossos projetos de segurança, análise de risco, adequação aos padrões legais da LGPD, de aplicação de TICs em empresas e de auxílio ao planejamento para nossos clientes, levam em conta sempre a GI como fundamento. Nossa formação acadêmica e profissional premia este tema como essência e método, permitindo a tranquilidade de ofertar um serviço amadurecido e objetivo, aplicável em nossos projetos.
    Nos próximos artigos abordaremos a GI com detalhamento e focos em tópicos de mercado.
    Ao dispor para o debate, agradecemos seu retorno sobre este artigo!

Autor: Dr. George Jamil